Padres pedem reforma
e prometem abrir púlpito
a pregadores leigos
"A recusa de Roma de assumir as reformas, há muito tempo necessárias, e a inatividade dos nossos bispos não apenas nos permitem, mas também nos forçam a obedecer às nossas consciências e a nos tornar independentes", diz o grupo, que conta com 317 padres e 52 diáconos, cerca de 15% dos padres austríacos.
A proposta dos sacerdotes ameaça seriamente a identidade e a unidade da igreja, admitiu o vice-presidente da Conferência dos Bispos da Áustria, dom Egon Kapellari, de Graz. Embora esses padres estejam certos em se preocupar com a providência de mais e melhores cuidados pastorais aos católicos do país, a situação da Áustria não é tão drástica a ponto de ser necessário que eles atuem fora da comunhão com a Igreja universal, declarou.
O cardeal Christoph Schönborn, de Viena, disse que se os padres autores do Apelo à Desobediência acreditam que estão em conflito extremo de consciência com a Igreja, eles deveriam considerar se ainda pertencem à Igreja.
O movimento dos padres austríacos é liderado pelo ex-vigário geral do cardeal Schönborn, monsenhor Helmut Schüller. O grupo diz, no Apelo à Desobediência, que vai ignorar a proibição de pregar a leigos competentes, como professores e professoras de religião. Especialmente em tempos difíceis é imperativo proclamar a Palavra de Deus, argumenta.
Pesquisa realizada no ano passado já indicava que 64% dos padres entendiam que a Igreja Católica deveria se abrir mais ao mundo moderno, e boa parte afirmou que era a favor da abolição do celibato e da introdução do sacerdócio feminino.
25 de julho de 2011
por Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)