Como a desigualdade económica ameaça as sociedades
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O João Rodrigues já fez referência neste blogue aos trabalhos de Richard Wilkinson e Kate Pickett (aqui e aqui, por exemplo), que têm vindo a reunir e relacionar um vasto conjunto de dados que demonstram - de modo muito impressivo - como as desigualdades na distribuição dos rendimentos têm profundos impactos sociais negativos, afectando transversalmente as sociedades do mundo desenvolvido.
Encontra-se agora disponível na página da TED (Technology, Entertainment, Design - Ideas worth spreading) um vídeo recente, absolutamente imperdível, de Richard Wilkinson, com legendas em português (que podem ser activadas na barra inferior), do qual foi extraído o gráfico que acima se reproduz (clicar para ampliar).
Demonstrando a existência de fortes correlações (e explorando a sua causalidade) entre os desníveis de distribuição do rendimento e o grau de intensidade com que se manifestam diferentes problemas e questões sociais (abandono escolar, violência, esperança de vida, peso percentual da população prisional, capacidade de mobilidade social e níveis de confiança, entre outras), Richard Wilkinson adianta uma conclusão que arrasa os fundamentos daqueles que sugerem - nos tempos negros que atravessamos - a necessidade de desmantelar o Estado e as políticas sociais públicas.
Diz Wilkinson: «O bem-estar médio das sociedades já não depende do rendimento nacional e do crescimento económico. Isso é muito importante em países mais pobres, mas não no mundo rico e desenvolvido», sustentando que o que verdadeiramente conta para minorar a intensidade e amplitude de disfunções sociais é a contenção das diferenças de rendimento e a existência de mecanismos eficazes de redistribuição de riqueza.
Encontra-se agora disponível na página da TED (Technology, Entertainment, Design - Ideas worth spreading) um vídeo recente, absolutamente imperdível, de Richard Wilkinson, com legendas em português (que podem ser activadas na barra inferior), do qual foi extraído o gráfico que acima se reproduz (clicar para ampliar).
Demonstrando a existência de fortes correlações (e explorando a sua causalidade) entre os desníveis de distribuição do rendimento e o grau de intensidade com que se manifestam diferentes problemas e questões sociais (abandono escolar, violência, esperança de vida, peso percentual da população prisional, capacidade de mobilidade social e níveis de confiança, entre outras), Richard Wilkinson adianta uma conclusão que arrasa os fundamentos daqueles que sugerem - nos tempos negros que atravessamos - a necessidade de desmantelar o Estado e as políticas sociais públicas.
Diz Wilkinson: «O bem-estar médio das sociedades já não depende do rendimento nacional e do crescimento económico. Isso é muito importante em países mais pobres, mas não no mundo rico e desenvolvido», sustentando que o que verdadeiramente conta para minorar a intensidade e amplitude de disfunções sociais é a contenção das diferenças de rendimento e a existência de mecanismos eficazes de redistribuição de riqueza.
NUNO SERRA
16 Nov 2011
Ladrões de Bicicletas [blog]
Richard Wilkinson |
“The average well-being of our societies is not dependent any longer on national income and economic growth. … But the differences between us and where we are in relation to each other now matter very much.”
— Richard Wilkinson.
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ENTRETANTO, «NÓS POR CÁ, TODOS BEM…»