teologia para leigos

15 de junho de 2011

ISABEL JONET - ESTE VOLUNTARIADO É OBSCENO

Alguém, por aí, que denuncie isto?
 
Isabel Jonet - «gente que conta»?

 A máscara caiu… A rainha (do ‘Banco Alimentar’) vai nua… certa Igreja não quer ver, reproduz como discurso oficial (caritativo) e vangloria-se
VIVA O ANO EUROPEU DESTE VOLUNTARIADO!!!

Isabel Jonet - «não elogieis até que fale...»

 Não há lugar no banquete da natureza…

Dostoiévski em «Crime e Castigo» fez um dos seus personagens dizer: “… o senhor Lebeziátnikov, que acompanha as ideias novas, explicou, há dias, que nos tempos que correm a compaixão até está proibida pela ciência e que assim se passa na Inglaterra onde existe economia política”.

De que Economia Política estava o personagem de Dostoiévski a falar? De Malthus, claro.

Quem, senão Thomas Robert Malthus, escreveu a inesquecível passagem que se segue:

“Se um homem nascido num mundo já apropriado não pode obter dos seus pais a subsistência que justamente lhes pode pedir, e se a sociedade não tem necessidade do seu trabalho, então ele não tem qualquer direito à mínima porção de comida e, e de facto está a mais no banquete da natureza; para ele não existem prato nem talheres. A natureza recomenda-lhe que se vá embora e ela própria prontamente executa as suas ordens a não ser que ele possa recorrer à compaixão de alguns dos convidados para o banquete. Se estes convivas, equivocados, se apertarem para lhe dar lugar, outros intrusos irão surgir imediatamente e pedir o mesmo favor. O rumor de que existem alimentos para todos irá encher a sala de numerosos recém-chegados que reclamam.

A ordem e a harmonia dos convidados é perturbada, a abundância que anteriormente reinava torna-se escassez e a felicidade dos convidados é destruída pelo espectáculo da miséria [...]. Os convivas reconhecem demasiado tarde o erro que cometeram ao violarem as ordens estritas a respeito dos intrusos que haviam sido dadas pela grande senhora do banquete.”


  Acontece porem que alguns dos “convivas” que insistem em violar as “ordens da natureza”, como por exemplo a dirigente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, costumam combinar a defesa da sua meritória actividade com referências aos “efeitos perversos do Estado Social”. Não se dá conta que os argumentos que mobiliza contra o estado social se podem aplicar precisamente à actividade meritória que dá sentido à sua vida.

Os argumentos de que falo são os mesmos de sempre, Malthusianos: “Se os pobres forem apoiados na sua pobreza, tornam-se indolentes – recusam o salário e o trabalho assalariado”.


Sobreviverão, mas isto só fará que aumente o seu número. Mais cedo do que tarde alguém se irá lembrar que isto tanto se aplica ao RSI, ou ao subsídio de desemprego, como… às ajudas do Banco Alimentar. É sinistro o argumento de Malthus, não é? Pois é - por isso mesmo houve quem chamasse à Economia Política a “ciência lugrube” -, mas o argumento de Malthus em nada de fundamental difere dos que todos os dias ouvimos até a convivas que insistem em violar as “leis da natureza” como Isabel Jonet.

Alimentemos que ideia...? O fim do Estado Social e Solidário? Que grande embuste...


José M. Castro Caldas [08:VI:2011] in:

NOTA: Oiça estas afirmações públicas de Isabel Jonet, a 5:VI:2011, na TSF… 5 min e 24 seg chocantes!