teologia para leigos

18 de junho de 2011

ISLÂNDIA E DEMOCRACIA: UM EXEMPLO PARA SAIR DA CRISE


a Aula da ‘Senhora Democracia’





«Não temos de pagar
pelas loucuras dos bancos»





Ólafur Ragnar Grímsson [1943-], Presidente da Islândia há 15 anos, recusou por duas vezes promulgar uma lei que obrigaria os islandeses a compensar o Reino Unido e a Holanda pela falência de um dos seus bancos, no chamado «caso Icesave».

Numa entrevista que deu ao jornalista, do ‘El País’ (Madrid), Claudi Pérez, que o Courrier International – Maio 2011 (versão portuguesa) transcreve na página 43, respondendo à pergunta «Não parece disposto a dar o braço a torcer na questão do Icesave. Estará porventura a assumir um papel que não é o seu?», respondeu:

«Até agora, esta prerrogativa nunca tinha sido usada, mas vivemos tempos de grandes desafios. O essencial é que a Islândia é uma democracia, não um sistema financeiro, e que esta não é apenas uma crise económica: é uma crise política. Uma das razões por que a Islândia está a recuperar rapidamente reside no facto de o país estar a dar uma resposta democrática espantosa, e não apenas uma resposta financeira. (…)




«As anteriores condições de pagamento eram muito injustas: as novas são melhores, mas, se os islandeses vão ter de pagar uma dívida da sua banca, devem ter o direito de decidir




À pergunta «A Islândia deixou cair os seus bancos e processou os banqueiros. Considera isto como um modelo islandês de saída da crise?», respondeu:






«Talvez não nos restasse outra opção: os bancos eram tão grandes que não havia forma de os resgatar. Mas pouco importa se havia ou não outras opções: a Islândia não aceita a ideia de o cidadão comum ter de pagar a totalidade da factura pelas loucuras dos bancos, como aconteceu noutros países com as nacionalizações pela porta das traseiras.





«Volto ao meu argumento inicial: a solução para a crise não é meramente económica

A resposta é política - cerco do Governo pelos Islandeses até à queda