«Deus e o sentido da existência»
por Andrés Torres Queiruga
Fundação António d'Almeida_Porto_Dez. 2011 |
Retomando o mesmo título do recém-editado livro de Anselmo Borges (ed. Gradiva), A. Torres Queiruga, docente jubilado de ‘Teologia Fundamental’ e de ‘Filosofia da Religião’ na Universidade de Santiago de Compostela (Galiza), proferiu, no passado dia 15 de Dezembro, uma comunicação na Fundação António de Almeida (Porto), constituindo, assim, um pontapé-de-saída para o debate do conteúdo do livro de Anselmo Borges.
AT Queiruga começou por situar o problema de Deus face à crise actual iniciada na modernidade. Ou seja, a ‘questão de Deus’ como algo demasiado circunscrito, quer temporal, quer civilizacionalmente: algo, portanto, muito recente e muito ocidental. Nunca a humanidade fizera, até então, a experiência de viver, ou sequer pensar, na ausência da ‘hipótese-Deus’. O que quer dizer que ainda temos pouca experiência humana de ‘uma vida com sentido humano sem Deus’.
Tal mutação cultural (de paradigma?) deve-se, segundo AT Queiruga, a dois factores.
O primeiro está na dependência da descoberta da lei da autonomia da realidade (p. ex., no plano da física - os astros não são mais movidos por entes superiores, como no caso de Josué 10:12-14, nem as doenças são causadas por espíritos ou demónios; no plano da realidade social e económica – se há pobres e ricos não é porque Deus assim quis as coisas; os governantes jamais são emanações dum Deus celeste na terra; no plano moral – o juízo moral já não recebe total outorga do religioso, mas busca descobrir aquelas normas de conduta que mais humanizem a realidade humana, quer ao nível individual, quer ao nível social; etc.). Tudo, na realidade, obedece a leis intrínsecas, que apetece conhecer ao pormenor e dominar senhorialmente.
O segundo factor deriva da seguinte constatação: a realidade possui evolutividade histórica. Basta percorrermos a viagem civilizacional começando pelas descobertas cósmicas, continuando pela teoria evolucionista de Darwin e terminando na constatação dessa marca específica de tudo o que é humano que é a ‘historicidade’.
Nada mais pode ser pensado abstraindo destes dois conceitos: autonomia e evolutividade histórica. Deus também não. Este é o desafio que a Modernidade faz à Religião, à Teologia e de nada nos vale virar-lhe as costas e fazer de conta que. O desafio consiste, então, em responder-lhe de uma forma humana moderna e credível. Como também a saída não está nas posturas que extremam e acirram, tão típicas de mentes que só sabem jogar o ‘jogo do tudo ou nada’ (um certo modo de disfarçar fraquezas… ou medos). Colocar em campos antagónicos a Transcendência, o Desenvolvimento humano e a Liberdade é promover o Ateísmo e, desse modo, a Igreja seguramente que contribuiu muito para alimentar o ateísmo. Agora que algumas das ‘certezas’ da pós-modernidade sabemo-las frágeis ou praticamente desvitalizadas (nihilismo, ‘morte do homem’, crítica da ‘razão instrumental’ com o consequente abismo Norte-Sul e a super-exploração do trabalho, a ameaça atómica, a crise ecológica, etc.), urge repensar a Transcendência segundo novas coordenadas.
A relação imanência-transcendência é uma delas a exigir ser repensada, já não sendo mais possível ‘ler ao pé-da-letra’ muitos dos textos bíblicos (Génesis, Josué, a apocalíptica, etc.), por várias razões: porque uns pertencem ao género ‘mito de origem’ e outros porque carecem de re-leitura histórica contextualizante (por exemplo, as carnificinas do «passar a fio de espada»: Js 10:30.35; 11:11; 19:47, etc., que correspondem a Leis da Guerra da época, que visavam impedir guerras que tivessem apenas o fito de engrossar os exércitos próprios). Uma certa concepção cosmogónica tripartida – Deus distante, lá em cima no céu; o inferno lá em baixo e a terra no meio dos dois e deles recebendo influxos – continua a sustentar linguagens crentes («Pai-Nosso que estais no Céu»; «Deus pai todo poderoso dignai inclinar-vos a este vale de lágrimas…»; etc.); práticas pastorais bem intencionadas (procissões, penitências, petições) e modelos mentais esquizofrénicos incompatíveis com a dignidade e a liberdade humanas ou com a autonomia do real por todos os lados reclamada.
Partindo destes modelos, a ‘acção de Deus’ fica assim prisioneira duma certa ‘visão mundana’ que a degrada ou empobrece, porque a obriga a entrar no chamado ‘mundo dos espíritos’, os quais se movem com todo o à-vontade nos territórios da idolatria e da magia (severamente condenados pelos Profetas de Israel – cf. «o sacrifício do Carmelo», 1 Reis 18:23ss – e punidos pela Lei de Moisés, Levítico 26). A ideia da acção de Deus só pode deixar de ser equívoca quando concebida como acção que tem lugar, não ao lado doutras acções e acontecimentos históricos, mas a partir do interior dos acontecimentos. Veja-se a Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:29): Deus não está agindo enquanto o bom samaritano não chega? Claro que está: age no sistema plaquetário que procura estancar a hemorragia, e sabe-se lá onde mais… Deus age, Deus está lá: nós é que temos dificuldade em ver a acção de Deus (muitas vezes, Ele age «no oculto»). Se Deus age a partir do interior dos acontecimentos, isso pressupõe o seguinte: um profundo respeito pela autonomia da História, o qual nos deveria levar, antes de tudo, ao esforço agudo e extremo da escuta e descodificação da voz de Deus, previamente a tudo, aí presente.
E porquê assim? Porque é na História dos Homens que Deus sempre se revelou e revela (Deuteronómio 26:5). Crer num Deus ‘de vivos’ (Marcos 12:26-27) é crer na História de hoje e isso deveria levar-nos a reformular as nossas categorias mentais, nomeadamente as que presidem à nossa dicotomia clássica − «coisas de religião» vs «coisas de política», por exemplo. Mas também, na questão da Piedade. Sobretudo, deveria levar-nos a reformular hábitos mentais ainda demasiado assentes no cultual, na oferenda e no sacrifício a um Deus extra-humano, um Deus celestial, no limite, a um Deus ‘extra-terrestre’. Ou, noutras situações, a um Deus Atraente, do êxtase, do espectáculo, um Deus soft! Seja como for, ao contrário do que se possa pensar, alimentamos demasiado um Deus muito pouco sim-bólico (de comunhão) e, sem nos darmos conta, andamos de braço dado com um Deus dia-bólico (fracturante). Muitas vezes usamos o ‘simbolismo’ do rito como forma de afastar a ‘historicidade’ (que questiona os nossos ritos)! Gostamos de dualismos; isso dá muito jeito…
Numa mentalidade mitológica passada, o real estava constantemente embebido de um Deus causador e responsável por tudo o que acontecia (Torre de Siloé, Lucas 13:4). Uma mentalidade nova, a de um Deus separado, levou necessariamente, ou a um ‘deísmo puro e duro’ próprio dum Deus «arquitecto ou relojoeiro» que se desliga da criação muito facilmente logo após concluir a sua obra; ou leva a um ‘deísmo intervencionista’, isto é, a uma imagem de um Deus que habita no céu e que de vez em quando intervém através da ‘invocação’, do ‘rito’, da ‘petição’, da ‘oferenda’ ou do ‘santo sacrifício’. Em qualquer dos casos, neste tipo de imagem, a parte mais significativa da «acção» é transferida de Deus para o Homem, na medida em que é ao Homem que compete solicitar a Deus que intervenha… pelo que se presume que, se o Homem não o fizer, Deus não intervirá.
É evidente que se impõe uma inversão radical destes modelos.
Deus não tem que vir ao mundo, pois Ele está na raiz do mundo que criou, que cria e que continua a criar sempre - «Meu Pai trabalha sempre», disse Jesus (João 5:17). Deus não tem que intervir, porque a sua acção é a que sustenta e promove a vida do mundo. Ele não acode e intervém quando O chamam, já que é Ele que sempre está convocando e solicitando a nossa colaboração. Sem a nossa acção, a acção de Deus no mundo ficaria velada e menos completa. É isso que quer significar o ‘grito’ de Deus a Caim: «Onde está o teu irmão Abel?» (Génesis 4:9). Um Deus que agisse independentemente da vontade do Homem ou contra a vontade do Homem ou em vez do Homem seria um Deus que nunca iria permitir que o Homem alguma vez fosse responsável ou crescesse. Deus só poderia ser «Abba-ô Pater»! Tal como um homem só é pai quando caminha lado-a-lado com o filho (para o incentivar e/ou para o amparar), e um filho só é filho quando caminha lado-a-lado com um pai que só quer ser pai, assim Deus só quer a plenitude da realização do Homem. Deus só pode agir por Amor! Deus só pode ‘estar sendo’ Amor! Deus não cria a humanidade para ser servido pelos homens, mas para a servir («Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão»; Mateus 20:28). Nisto, Jesus é «a grande parábola de Deus»!
Daqui nasce uma consciência anti-dualista (anti: natural vs sobrenatural; sagrado vs profano, leigo vs sacerdote, puro vs impuro, templo vs mundo, etc.), pois tudo vem de Deus e tudo pode e deve ser servido e acolhido como manifestação e acção de Deus. Tudo o que ajuda à verdadeira realização da realidade criada por Deus − material, espiritual, científica, social, moral ou religiosamente… − isso responde ao desígnio criador e constitui tal e qual a alegria do Criador pelas suas criaturas.
Deus actua criando e sustendo, «fazendo que façamos», possibilitando e animando para que façamos a Sua vontade, ou simplesmente fazendo perguntas (Anselmo Borges, face à pergunta: «Para si, Deus quem é?», respondeu: «Deus é alguém que não se cansa de colocar questões!»). Quem actua é sempre Deus – passivo, Ele? Nunca! Todo e qualquer esforço nosso será sempre precedido e acompanhado pela Sua presença activa e amorosa, sem nunca nos forçar. «Fazer é consentir, mas consentir é fazer a sério».
E a questão de Deus e do Mal?
AT Queiruga não quis desviar-se do tópico central (por uma questão de gestão do tempo da comunicação oral com que nos brindou), mas foi adiantando que Deus é o Anti-Mal e o Mal é tudo aquilo que, pelo facto de ser limitado e imperfeito, se opõe ao Amor Absoluto de Deus. Ou seja, Deus não quer o Mal, nem condena os maus (nem Hitler seria condenado por Deus se Deus tivesse vindo cá a baixo durante a Segunda Guerra Mundial…). Primeiro, porque Deus ‘não baixa’ – Deus está no mundo «identificado como homem» (Filipenses 2:7b); e, segundo, porque Deus é Amor e não um inquisidor justiceiro e ‘duro de coração’… (1 João 4:7) Nada poderia ser doutro modo, pois uma realidade finita não pode ‘ser tudo ao mesmo tempo’, ainda que o Homem seja ‘sede infinita de infinito’.
Desajustamentos, egoísmos, conflitos e maldades são reflexos da imperfeição, da finitude humana, e não podem ser julgados/catalogados ‘definitivamente’ (Mateus 7: «Não julgueis/condeneis-definitivamente para não serdes julgados/condenados-definitivamente»), pois «tudo é aparência» (João 7:24: «Não julgueis pelas aparências; julgai com um juízo recto.»).
O Mal é a manifestação da realidade finita: o Mal faz parte do mundo humano… mas não da realidade divina, do Reino de Deus. Deus não tem poder sobre o Mal (Deus nunca poderá ser ‘usado’ como talismã ou exorcista…). O Mal é tarefa humana! Génesis 1:28: «Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e sêde responsáveis pela terra. Governai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.» O Homem tem em si capacidade para ‘governar o barco’ da Criação humana e não humana, se se tornar íntimo, «amigo de Deus» (João 15:15: «a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai.»). E esta afirmação − «o Mal é tarefa humana» − tem implicações terríveis quanto à Oração.
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Outra consequência deste repensar da Transcendência gravita, então, à volta da Oração.
Ante um Deus imanente, encarnado, que sustém o mundo por Amor e só por Amor, que se revela a partir do interior da aventura humana e não envia ‘recados’ a partir de um outro mundo, portanto, diante dum Deus «amigo» e íntimo não faz sentido uma atitude ‘negocial’, mas, sim, uma atitude de acolhimento, de sintonia, de ‘memória’, como acontece entre dois amantes: de vez em quando, lembram-se um do outro para logo regressarem às suas tarefas ‘mundanas’; de vez em quando ‘rossam-se’ um no outro, ‘tocam-se’, beliscam-se para se crerem que não se trata dum sonho irrealista (João 20:27: «Chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito», disse Jesus a Tomé); olham-se fixamente em silêncio, pronunciam carícias em surdina, contemplam-se nas suas belezas, no ápex duma surpresa suspendem-se e explodem.
Diante dum amor assim, a ‘súplica’ e a ‘petição’ carecem de sentido, não por uma questão de soberbia ou auto-satisfação petulante, mas precisamente pelo contrário, porque se reconhece que a falta dum leva ao definhamento do outro. É então que a ‘súplica’ ou a ‘petição’ dão a vez ao êxtase do Amor, facto que encontramos em S. João da Cruz, em Teresa do Menino Jesus e também na Bíblia: «Beija-me com os beijos da tua boca. (…) Arrasta-me atrás de ti. Corramos! (…) Folgaremos e alegrar-nos-emos contigo; mais do que o vinho celebraremos teus amores.» (Cântico dos Cânticos 1ss) A Oração torna-se encanto, magia e não súplica peticional a um qualquer distante.
Não se pode negar que nos evangelhos surjam frequentemente ‘petições’ a Deus, inclusivamente na boca de Jesus (Mateus 26:39: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice.») ou convites a fazê-las a Deus (Mateus 7:7: «Pedi, e ser-vos-á dado»).
A questão está no significado profundo destes relatos. Antes de mais, eles falam muito mais de «orar» que de «pedir», o que não é a mesma coisa.
Depois, se nos dermos ao trabalho de escrutinar os textos, Jesus privilegia a «acção de graças».
Depois, é óbvio que as palavras citadas não podem ser levadas à letra, carecem de ‘trabalho teológico’, de hermenêutica (cf. Joaquim Jeremias, Teologia do Novo Testamento) − doutra forma tudo seria uma burla (se sempre que eu pedisse me fosse sempre dado, o meu próprio interesse esmoreceria… e não só a minha ‘piedade’ seria perversa, como Deus não seria verdadeiramente Pai, seria um ‘falso-amigo’).
Por outro lado, quando a Oração é um substituto do nosso contributo, estamos a menosprezar-nos ou a negociar com Deus impondo unilateralmente condições: «se me deres isto ou aquilo, em troca eu ofereço-te um trintário…». Claro que nada disto se passa conscientemente na alma do crente quando o realiza, mas, quando acaso o orante se dá conta do que diz, o mundo da piedade/oração pode desabar… Pode ficar em questão o edifício da própria Fé.
Se «Deus nos amou primeiro» (1 João 4:10), se Deus Pai «vê no oculto» (Mateus 6:18), se Deus que é Pai «sabe do que necessitamos mesmo antes de lho pedirmos» (Mateus 6:8), Orar não poderá nunca ser ‘pedir coisas’: pedir para que Ele faça acabar a fome no Corno d’África’, não!, porque… todos nós já sabemos, de antemão, que Ele não o irá fazer na vez da Nações Unidas! E a Oração, assim, será apenas a exteriorização dum sentimento ou duma vontade, um desabafo piedoso, ao mesmo tempo que a nossa prece nos alivia/descarrega do que ‘devemos verdadeiramente fazer’ – lutar por um mundo melhor! Em vez disso, na ‘Oração de Petição’ passamos a batata quente para as costas de Deus…
Se repararmos com cuidado, a única Oração que Jesus nos deixou foi o PAI-NOSSO e, na sua estrutura, de cabo a rabo (expressão muito galega…), está apenas a estrutura dum compromisso com a Sua vontade. O Pai-Nosso não é mais do que um ‘contrato-selado’ entre duas partes: o de que, aconteça o que acontecer, o Reino de Deus não pode ser traído! (Mateus 6:10) E, para que seja assim, um conta com o Outro! Além do mais, em Mateus 6:5-6, pouco antes do Pai-Nosso, o evangelista deixa muito claro que a Oração de Petição pode ser pura perda de tempo («Ele vê no oculto»)… ou mera hipocrisia («orar onde possamos ser vistos a orar», p. ex. rezar na igreja e não no íntimo).
‘Orar’ − a Oração – poderá, então, ser o momento de ‘alimento da confiança’, momento de ternura, tempo de ‘namoro com Deus’ em que as palavras só estorvam, pausa em que nos enroscamos um no outro para fazer ‘o ponto da situação’ asa-com-asa e em que nós, os humanos, nos embebemos/encharcamos da Graça divina que é essencialmente Fidelidade, Perseverança, Recusa de todos os Voluntarismos, Confirmação do Caminho, Confronto ou Infirmação.
Na Oração, quando falamos convém que falemos sem fazer mal a ninguém. Muito menos a nós mesmos… Como já dizia Sócrates, «falar mal faz mal às almas» (aos homens)… e não a Deus – lembrou A. Torres Queiruga.
A crise do cristianismo numa época moderna tão contingente é uma excelente oportunidade para redescobrir Deus, sobretudo, porque tudo é contingente! Oportunidade a descobrir Deus tal como Ele nos é dado em Jesus, tal como nos é revelado finalmente em Cristo. E por isso sentimos como algo muito vivo «regressar a Jesus de Nazaré», voltarmos à sua escola, querermos ser «seguidores de Jesus» tal como os Evangelhos no-lo sugere repetidamente (Mateus 4:20; 20:34; Marcos 1:36; Mateus 28:7.10.11). Não porque ser-se ‘religioso’ nos acrescente seguranças ou certezas ou porque a hora da morte nos mete medo, mas porque ‘ser seguidores’ nos questiona, nos desinstala e nos faz avançar num empenhamento que seja humanamente mais libertador. O Projecto de Deus é a acção divina e não a passividade. Carlos Mesters, oc, dizia: «No Génesis, a Bíblia não se preocupa em explicar como o Mal entrou no mundo, mas em como ele deve sair do mundo…». Deus é isso. Assim fazem sentido Deus e a existência humana.
[síntese de Paulo Bateira, a partir da Conferência de Andrés Torres Queiruga na Fundação António de Almeida, Porto, em 2011]