Génio, em quê de original?
- receita para se cozinhar um deus…
Nascimento
«Steven Paul Jobs (Steve Jobs) nasceu em San Francisco, filho de Joanne Simpson e de Abdulfattah John Jandali, membro de uma proeminente família síria proprietária de poços de petróleo, empresas e propriedades agrícolas. O casal se conheceu em meados dos anos 50 na Universidade de Wisconsin. Os pais de Joanne, alemães católicos, eram contra o relacionamento. Com a descoberta da gravidez em 1954, após uma viagem do casal à Síria, Joanne e Jandali decidiram não se casar e ceder o bebê para adoção. Joanne viajou para São Francisco onde ficou sob proteção de um médico que cuidava de mães solteiras, fazia partos e cuidava de adoções sigilosas. Joanne exigiu que seu filho fosse adotado por um casal com pós-graduação universitária. Inicialmente, o bebê seria adotado por um advogado e sua esposa que acabaram declinado após o parto, pois queriam uma menina. Após a recusa do primeiro casal, o bebê foi deixado sob guarda de Paul Reinhold Jobs, mecânico e ex-membro da guarda costeira e Clara Hagopian Jobs, filha de imigrantes armênios. Inicialmente Joanne recusou-se a assinar os papéis da adoção pois o casal não tinha completado o segundo grau. O impasse só terminou após Paul assinar um compromisso de criar um fundo para enviar o menino à faculdade.
Juventude
Em 1958, o casal Jobs adota uma menina chamada Patty e se muda para a casa número 286 da rua Diablo, em um loteamento em Mountain View ao sul de Palo Alto.»(…)
«Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955 — Palo Alto, Califórnia, 5 de outubro de 2011) foi um inventor, empresário e magnata americano no setor da informática. Notabilizou-se como cofundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc. e por revolucionar seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicação digital... Além de sua ligação com a Apple, foi diretor executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company.
«No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica do usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh.
«Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1985, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor.»
O Regresso à Apple
«Numa ensolarada manhã de julho de 1997, Steve Jobs voltou à empresa que havia co-fundado vinte anos antes em seu próprio quarto. A Apple estava em uma espiral mortífera. A companhia estava a seis meses da falência. Em poucos anos, a Apple havia deixado de ser uma das maiores empresas de computadores do mundo para se tornar um fracasso. Estava perdendo dinheiro e também sua participação no mercado. Ninguém comprava seus computadores, as ações haviam perdido quase todo o seu valor e a imprensa prenunciava sua morte iminente. Os executivos de primeiro escalão foram convocados para uma reunião de manhã cedo na sede da empresa. O então CEO, Gilbert Amelio, que estava no comando havia um ano e meio, entrou abatido na sala. Havia conseguido equilibrar a companhia, mas não conseguira trazer de volta sua alma criativa. "Está na hora de ir embora", disse, e retirou-se em silêncio.
Antes que alguém esboçasse qualquer reação, Steve Jobs entrou na sala, parecendo um mendigo. Estava de bermuda e tênis e não fazia a barba há dias. Jogou-se em uma cadeira e começou a girar lentamente. "Me digam o que há de errado neste lugar", disse ele. Antes que qualquer um pudesse responder, explodiu: "São os produtos. Os produtos são uma BOSTA! Já não tem mais sexo neles."»
«O levantamento de Jobs levou várias semanas. Foi calmo e metódico. Não houve nenhuma das infames explosões características de Jobs. "Steve disse que a companhia tem que ter um foco e que cada grupo, individualmente, tem que fazer o mesmo", disse Oliver. "Foi uma coisa bastante formal. Muito calma. Ele dizia: 'A Apple está numa grave situação financeira e não temos meios para fazer nada extra.' Foi gentil, porém firme." Jobs não fez os cortes de cima para baixo. Chamou cada grupo de produto para que decidissem o que seria cortado e o que seria mantido. Se o grupo quisesse manter vivo um projeto, teria que vender a idéia a Jobs, e isso não era nada fácil. Compreensivelmente, algumas das equipes argumentaram a favor de manter projetos que eram secundários, mas que talvez fossem estratégicos ou tivessem a melhor tecnologia no mercado. Mas Jobs freqüentemente respondia que, se não estivesse dando lucro, teria que ser cortado. Oliver se lembra que a maioria das equipas se dispunha a sacrificar um bode expiatório e Jobs respondia: "Não é o bastante." «Oliver se lembra de ouvir Jobs dizer: "Se a Apple quiser sobreviver, temos que cortar mais."
"Várias vezes Oliver viu Jobs desenhar em um quadro branco um mapa simplificado das receitas anuais da Apple. O mapa mostrava o declínio abrupto, de 12 bilhões de dólares por ano a 10 bilhões, e depois a 7 bilhões.
Os fornecedores.
Jobs também negociou novos contratos com os fornecedores da Apple. Naquela época, tanto a IBM quanto a Motorola vinham fornecendo chips para a Apple. Jobs decidiu colocá-las uma contra a outra. Disse-lhes que a Apple só iria continuar com uma delas e que esperava concessões importantes daquela que ele escolhesse. Não deixou de lado nenhum dos dois fornecedores, mas, como a Apple era o único grande comprador de chips PowerPC das duas empresas, ele obteve as concessões que queria e - o mais importante - garantias da continuidade do desenvolvimento dos chips.
Ser "stevado"
«Embora não haja relatos publicados de demissões em massa envolvendo milhares de funcionários depois que Jobs assumiu o leme, na prática houve demissões em massa. A maior parte, se não todas, foi levada a cabo pelos gerentes de produto, que demitiam funcionários depois que os projetos eram cancelados. Mas o fato foi muito discretamente mantido fora dos jornais. Existem histórias - provavelmente falsas - de Jobs encurralando desventurados funcionários nos elevadores e sabatinando-os sobre o papel que desempenhavam na empresa. Caso as respostas não fossem satisfatórias, eram demitidos no ato. A prática ficou conhecida como ser "stevado". O termo é hoje parte do jargão técnico de qualquer projecto que é cancelado sem cerimônias: "Meu gerador de pontos de tricô on-line foi stevado."
[outra opinião sobre o percurso deste mito denominado Steve Jobs...]
Saída da Apple
«O sucesso inicial das vendas do Macintosh reafirmaram a personalidade difícil e as excentricidades de Jobs. Inicialmente John Sculley, presidente da Apple, o apoiou entregando-lhe as unidades unificados do Mac e do Lisa. As exigências extravagantes quanto a design e estética, vinganças cruéis contra funcionários e parceiros acabaram desgastando sua imagem no conselho da Apple. As quedas nas vendas do Mac a partir do segundo semestre de 1984 e vendas nulas do Lisa acabaram levando Jobs e Scully a desentendimentos gerenciais. No dia 24 de maio de 1985, uma reunião entre Jobs, Scully e o corpo executivo da Apple apoiou firmemente Scully. Com a restruturação planejada por Scully, Jobs não ficaria com o controle de nenhuma divisão e nenhum encargo operacional, mas poderia ficar na empresa com o título de presidente do conselho e no papel de visionário dos produtos. Jobs não aceitou. Ele agora estava fora da Apple.
NeXT
«Após sua saída da Apple, Jobs vasculhou no mercado educacional e criou a NeXT. Parte da equipe da nova empresa foi recrutada nas fileiras de engenheiros da Apple, o que gerou revolta em parte da diretoria da empresa. O embrolho seria resolvido com um acordo extra-judicial no final de 1986. Na NeXT Jobs teve oportunidade de se entregar a seus melhores e piores instintos na área de gerenciamento, design e trabalho coletivo.
Rivalidades
«A rivalidade de Steve Jobs com Bill Gates, ex-presidente e principal acionista da Microsoft, já é elemento cultural do setor. Essa disputa pode ser verificada no filme produzido pelo canal de TV a cabo TNT, "Pirates of Silicon Valley" (Piratas do Vale do Silício, na versão em português), que aborda a biografia deles e das suas empresas, algumas vezes de forma exagerada. Podemos ver a disputa que existia entre eles e suas respectivas empresas muito antes de serem os ícones e "ídolos" que são hoje.
Morte
«Steve Jobs morreu no dia 5 de outubro de 2011 na sequência de um câncer pancreático, contra o qual lutava desde 2004. O anúncio foi dado pela família dele, que disse: "morreu em paz hoje". «No mesmo dia, o site corporativo da Apple recebia os visitantes com uma página simples mostrando o nome de Steve Jobs, o seu ano de nascimento e morte e um dos seus retratos mais famosos. Ao ser clicada, a imagem conduzia a uma página com um obituário que dizia:
«A Apple perdeu um visionário e gênio criativo, e o mundo perdeu um ser humano incrível. Aqueles de nós que tiveram sorte o bastante para conhecer e trabalhar com Steve perderam um amigo querido e um mentor inspirador. Steve deixa para trás uma empresa que só ele poderia ter construído e seu espírito sempre será a base da Apple.»
Às portas da morte admitiu, numa entrevista, que Deus possa existir… «É provável que exista», disse.