teologia para leigos

5 de abril de 2011

PARA SAIR DA CRISE - PROPOSTAS CONCRETAS; O EX. DA ISLÂNDIA



A única escolha realista para a recuperação
Jorge Bateira


«Todos sabemos que por omissão também se fazem escolhas importantes, escolhas que afectam profundamente as nossas vidas. Assim, se ficarmos em casa nas próximas eleições, ou depositarmos um voto branco ou nulo na urna, estaremos a escolher por omissão a via do aprofundamento da austeridade.




«A austeridade não oferece qualquer saída para a crise da dívida pela muito simples razão de que as políticas de austeridade produzem recessão, o que inviabiliza a possibilidade de o Estado gerar um saldo orçamental positivo (recessão implica mais despesa social e menos receita fiscal). Para os que entendem que a situação a que chegámos foi apenas uma "derrapagem despesista" (o argumento já foi bem rebatido pelo Nuno Teles), trata-se de reduzir os encargos com o serviço da dívida (juros mais amortizações) e, aprendida a lição, de passarmos a viver em permanente austeridade
(…)
 


«Do meu ponto de vista, não temos o direito de destruir as vidas de milhares de pessoas apenas para continuar a alimentar a ilusão do "Portugal no pelotão da frente".

 
Para Portugal, e para o resto da periferia da zona euro, "permanecer na mesma zona monetária da Alemanha significa condenar esses países a anos de deflação, alto desemprego, e à convulsão política. Uma saída da eurozona pode ser neste momento a única escolha realista para a recuperação." Dani Rodrik dixit, e eu concordo.


Por isso, tomei uma decisão. Vou trabalhar no sentido de que no dia 5 de Junho os eleitores possam fazer uma escolha entre duas vias europeístas, a da austeridade depressiva ou a do desenvolvimento sustentável

Jorge Bateira

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2011/04/unica-escolha-realista-para-recuperacao.html



Crise financeira mundial – as 3 lições da democracia


Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

Jornal i, por Joana Azevedo Viana, Publicado em 26 de Março de 2011   




[Extractos]
Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias,(…)

Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros(…) Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses(…)

Lição democrática n.º 3: (…) Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media(…)