teologia para leigos

14 de novembro de 2013

EUCARISTIA - 6 [fr. MARCOS]

Senhas de identidade




Jo 13:35
Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos:
se vos amardes uns aos outros


O mandamento do amor é tão novo que ainda está por estrear. A pergunta que tenho de fazer a mim mesmo é esta:

- Amo verdadeiramente os outros?

- Será o amor o específico da minha condição cristã?

Nisto verão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. A frase fica mais próxima da realidade se a formularmos ao contrário: o sinal pelo qual reconhecerão que não sois meus discípulos será quando não vos amardes uns aos outros. As nossas comunidades estão muito mais próximas do desamor que do verdadeiro amor.

A nova comunidade não se caracterizará por doutrinas nem por ritos nem por normas morais. O único elemento distintivo deve ser o amor manifestado na vida, em todos e em cada um dos aspectos da existência, no serviço concreto a todo aquele que necessita de mim.

Mas essa maneira de actuar tem que surgir do fundo do ser e não duma obrigação externa. A base e o fundamento da nova comunidade será a vivência, e não a programação.

Isso não é apenas muito importante: trata-se de algo essencial. Sem amor não há cristão. Nietzsche chegou a dizer: «Só houve um cristão; esse morreu numa cruz», precisamente porque ninguém foi capaz de amar como Ele amou.

Andámos a insistir no acessório: no cumprimento de normas, na crença em verdades e na celebração de ritos, mais do que no essencial, que é o amor.

Porque é que fracassámos estrondosamente naquilo que é a essência do evangelho?

O erro principal que ainda continuamos a cometer é […].

Frei Marcos, op