O caminhar
Nem sei que dia é hoje… nem sei.
No silêncio a gente se entende.
Eu, do lado de cá a tentar o ritmo,
da multidão mais lento.
Tu, do lado de lá
a dar-me uma grande lição.
Badalada a badalada, badalada a badalada.
Um pé tropeça mais do que o outro.
O frio respira-se pelo nariz.
Assim há tempo para pensar.
Para onde vai o pé?
Onde poisa ele?
Não sei. Pois nem sei…
O outro vem sempre atrás.
[Na Igreja da Reconciliação, Taizé – Janeiro 2012 - por Luís Bateira]