O homem e a mulher:
- uma humanidade a fazer
Reflexões
éticas.
(…) inovadores – para não dizer
provocadores. Pensamos ser hoje possível alargar a perspectiva e dizer que o casal humano
é portador de uma tríplice promessa:
ser, para o homem e para a mulher – um pelo outro – o espaço de uma realização
da liberdade, da fidelidade e da conjugalidade. Por
conseguinte, o
casal corre o risco de um tríplice fracasso: tornar-se, para o homem e
para a mulher – um pelo outro – o espaço da experiência mortal do afundamento,
da mentira e da alienação.
a) A fidelidade
Podemos tornar compreensível este jogo ético fazendo-o através da reflexão
sobre o tema do discurso moral cristão – a fidelidade – provavelmente o mais
contestado, hoje.
«Prometo ser-te fiel
até que a morte nos separe.» É
o que o esposo e a esposa prometem um ao outro no dia do casamento[1].
Promessas hipócritas, linguagem legalista ou insignificante à força de
inconsciência? É considerável o mal-entendido sobre o sentido da fidelidade.
Procuremos ver um pouco mais claro!
Julgo que podemos partir da seguinte
observação: na nossa sociedade, ouvem-se dois discursos contraditórios sobre a
fidelidade, discursos que parecem corresponder ao de duas
gerações.
O
primeiro
pertence provavelmente a uma sociedade em vias de desaparecimento. Nela, a
fidelidade é pensada e vivida, sobretudo, como fidelidade
a um compromisso passado! «Um dia, eu prometi uma coisa: a minha
fidelidade consiste em não pôr em causa tal promessa, mesmo que as dificuldades
a façam mais problemática».
O homem que assim fala considera-se
responsável por uma certa ordem das coisas; coopera nela com o seu empenhamento
e mantém-no pela sua fidelidade. Assim, o casamento, mesmo não sendo cor-de-rosa todos os dias, enquanto
instituição merece ser defendido pela fidelidade dos esposos. No limite, –
caricaturando esta posição – podíamos dizer que o conteúdo da fidelidade, aqui,
importa menos que a sua forma. A tónica é posta na continuidade institucional,
mais do que na qualidade da relação das duas partes em causa. Assim, dir-se-á
que se permanece fiel mais ao compromisso do que à pessoa em relação à qual ele
foi tomado. Ligado a um outro tipo de sociedade – caracterizado sobretudo por carências de estabilidade – este conceito de
fidelidade volta a surgiu na sociedade feudal, construída sobre o laço da
aliança entre o senhor e o vassalo, como surgirá também na sociedade burguesa,
na qual a fidelidade está unida à propriedade de bens, de que se tem o direito
exclusivo a «usufruir», por analogia com a esposa!
Esta perspectiva tende a proteger os
indivíduos perante os riscos da liberdade ou, antes, a liberdade aparece
situada de modo muito definido pelo próprio compromisso: esse deve ser livre,
mas, uma vez assumido, condiciona rigorosamente a liberdade. Ser fiel é estar ligado. O valor desta
maneira de falar da fidelidade é o de inseri-la numa perspectiva social. De
certa maneira, nela, o indivíduo submete-se às necessidades da sociedade. Em
contrapartida recebe uma segurança maior. Porém, ficam à vista os limites desta
segurança: ela favorece frequentemente a hipocrisia de uma fidelidade formal
que oculta uma infidelidade real (é o grande recurso do teatro burguês!); por
outro lado, entra quase sempre em conflito com as necessidades reais do
indivíduo e da sua evolução.
Por isso, faz-se ouvir cada vez com
mais frequência um novo discurso
que coloca a questão da fidelidade de modo completamente diverso. Nesse
discurso, a fidelidade é descrita como fidelidade a si
mesmo: desenvolvimento harmonioso, desenvolvimento do indivíduo. Toda a
relação humana e social está medida por este critério: a pergunta é - ela
favorece ou impede esta fidelidade a si mesmo? Portanto, o que antes de mais se
estabelece é a
liberdade do sujeito, tanto para si como para o parceiro da relação
(por exemplo, no casamento). O compromisso assumido é o de um contrato cujos
termos prevêem que os parceiros possam constantemente modificar o seu conteúdo
em função da situação deles. Assim se passou, como muito bem mostrou W. Ossipow,
de um sistema baseado na ideologia da propriedade fundiária estável e exclusiva
para um outro sistema assente na ideologia capitalista da fluidez do dinheiro.
Tal como se investe o dinheiro onde ele rende mais e o retiramos quando o
investimento já não é mais rendível, «investe-se» o desejo onde ele pode «render» o máximo,
ou seja, onde ele pode favorecer ao máximo o desenvolvimento pessoal. Se o
outro for um obstáculo a este desenvolvimento, mais vale afastá-lo.
É típico desta perspectiva a afirmação de que «a verdadeira fidelidade é a que
permite crescer juntos e, por vezes, crescer até ao ponto de decidir-se pela
separação, se esta for a única via para percorrer as fases posteriores».[2]
Ligado a uma sociedade de extrema
mobilidade, este conceito da felicidade não une o presente ao passado, mas sim
o passado ao presente. O que foi livremente decidido outrora é julgado pela
bitola daquilo que hoje se vive. Tal concepção, permite, pois, adaptarmo-nos
com flexibilidade à eventualidade de uma evolução pessoal móvel. Neste caso, o presente é
mais importante do que o passado, e mais do que o futuro, já que também o futuro é rigorosamente
condicionado pelo valor possível do presente. Aqui, os riscos da liberdade são
assumidos ao máximo, pois o casal é considerado como a resultante, porventura provisória, de duas liberdades iguais e igualmente livres de procurar o
seu máximo desenvolvimento.
Não se tome esta perspectiva como
caricatura, pois, aliás, nela vivem em nossos dias muitos casais, casados ou
não. Nela se encontra, sobretudo do lado das mulheres, a justa afirmação do
direito à existência pessoal e a recusa de sacrificar a sua própria vida sobre
o altar dos princípios institucionais ou morais. Há também a vontade de não se
deixar apanhar pela hipócrita insignificância das relações formais, de recusar
o fingimento e, desse modo, cometer um acto de alcance político que ponha em
questão, com e por detrás do casamento, a própria sociedade e as suas pressões
alienadoras. Mas é importante ver que tal posição é a tradução, de
consequências muitas vezes dramáticas no plano da moral, da ideologia da
sociedade capitalista de consumo. Com frequência atinge uma exaltação perversa,
porque absoluta, dos direitos do indivíduo no próprio momento em que, ao
fazê-lo, o indivíduo aceita os imperativos mais exigentes e mais alienantes da
ideologia do tempo! Por outro lado, ela exprime, até nas suas interrogações
mais incisivas, a incapacidade em que se encontra o homem desta sociedade de consumo
de suportar o real na esperança de uma promessa.
Penso que existe um outro caminho: o
caminho daquilo que podíamos chamar utopia evangélica da fidelidade. Baseia-se nas
noções de projecto
e de limite.
Em que é que se comprometem as pessoas que declaram querer ser fiéis uma à
outra por causa do Evangelho? Podemos distinguir diversos elementos:
– Primeiro, uma comum vontade de se
empenharem num projecto conjunto; esse projecto
seria reconhecido como suficientemente importante para que os parceiros decidam
comprometerem-se a pôr em comum aquilo que eles são, com vista à sua
realização.
– A palavra forte, nesta
perspectiva, é o futuro que se dá como o que é
possível no cumprimento do projecto. O passado permite, com certeza, medir o
caminho percorrido, mas já não é determinante, como não o é o presente, cujo
sentido vem da sua abertura ao futuro.
– É por isso que, em nome do
projecto em vista, os parceiros do compromisso declaram-se prontos a confiarem
um no outro e a deixarem-se interpelar, modificar e transformar um pelo outro a fim
de melhor corresponderem ao projecto. Há aqui, portanto, história, porque cada um deles
renuncia a ficar onde está para progredir, por causa do outro e de si, no
sentido da realização visada.
Esta definição pode aplicar-se a
outros domínios além da vida conjugal, por exemplo à vida religiosa, às
relações com Deus ou de Deus com o Seu Povo. No domínio conjugal, significa
para os dois esposos que eles se consideram como as testemunhas mútuas deste
projecto, o qual é, aqui, exactamente a própria constituição do casal. Cada um
é para o outro o próprio sentimento do projecto, enquanto ele está ligado e
empenhado na mesma história a construir. Assim, nesta perspectiva, o casal não
é nem o resultado dum contrato passado nem o confronto permanente de duas
liberdades que se conservam autónomas, mas esta realidade nova, esta «pessoa»
nova que resulta da permuta de dois seres que aceitam reconhecer-se mutuamente
como sua promessa
e seu limite.
O outro como promessa quer dizer, como diz o apóstolo Paulo, aquele que dá
sentido ao meu próprio corpo (1Cor 7:4; Ef 5:28). O outro dá-me sentido não só
porque permite que me realize a mim próprio, mas sobretudo e mais
profundamente, porque ele sou eu enquanto promessa, enquanto
projecto, como eu
sou ele dentro dom mesmo projecto. Mas, nesta perspectiva, o outro é
também o meu limite, precisamente
porque ele encarna o facto de aquilo que me é indispensável ser também o que me
escapa, o que não me pertence. Não o posso amar sem aceitar o risco desta
confissão, que me põe nas suas mãos[3].
O outro é, assim, o sinal, mesmo quando a relação leva a um fracasso, de que eu
não sou autossuficiente: eu só sou nesta relação de risco e neste dom.
Ou seja, eu só sou nesta dependência do outro ao qual eu me uno, pois é
necessário também que o outro me faça o dom da sua liberdade, a fim de que a
nossa permuta se torne criadora de uma outra vida, de uma pessoa nova[4].
Nesta perspectiva, o compromisso
mútuo só pode ser irreversível e sem outra garantia senão a do outro mesmo[5].
Assim, neste caso, a fidelidade não é nem fidelidade a si mesmo, nem fidelidade
a um compromisso passado (ainda que estes dois elementos não se encontrem
evidentemente ausentes), mas fidelidade a esse dom recíproco que é exactamente
o projecto em nome do qual se comprometem um com o outro. Ora, este dom só é
verdadeiro se for total e sem reserva (se
a semente não morrer…!). Quando o dom é parcial, limitado, já não pode ser
a condição da permuta de que falámos. Está sob a ameaça do cálculo, é relação
económica em que os parceiros se dão sempre guardando as suas reservas!
Corre-se o risco de se passar duma perspectiva evangélica para uma perspectiva
económica.
Por isso, na perspectiva evangélica,
não pode haver confusão entre a relação conjugal, única, privilegiada e
particular, e as outras relações interpessoais. A primeira é uma permuta total,
em que a troca dos corpos significa mas não esgota, um dom recíproco de duas
liberdades. As segundas não passam duma analogia da primeira: outras mulheres
ou outros homens são também a promessa e o limite dos dois parceiros do casal,
mas de uma outra forma. Elas ou eles são a promessa duma valorização e de um
reconhecimento, mas também a própria expressão do limite, pois que elas ou eles
recordam precisamente aos dois parceiros que já não são livres do seu dom, das
suas vidas, mas que estão vinculados.
b) A liberdade
É a altura de falarmos do problema
da liberdade. De facto, que significa a liberdade na vida daqueles que se
vincularam pelo dom recíproco e pelo compromisso conjugal? A perspectiva
evangélica não separa liberdade e fidelidade, ao contrário do que, tantas
vezes, pensa o homem actual, que critica a exigência de fidelidade em nome da
liberdade. Mas, porventura, não se trata da mesma concepção de liberdade? A de
que nós estamos a falar encontra a sua plena revelação na vida e na obra de
Jesus Cristo. O que surpreende o leitor dos Evangelhos é que Jesus nunca vive a
liberdade como se ela consistisse em abdicar de toda a autonomia para se
submeter às exigências de uma lei exterior, que se propõe como norma absoluta.
Essa liberdade, que encontra o seu sentido no consentir livremente na
heteronomia absoluta, é a dos rabinos
fariseus. Jesus opõe-se-lhe em nome da exigência que, certamente pela lei, mas
tendo raiz para lá dela, faz apelo ao risco do amor.
Por outro lado, Jesus também não
vive uma liberdade enquanto afirmação da autonomia absoluta, como se o homem
fosse o próprio fundamento de si mesmo. Ele, justamente, não situa o problema
da liberdade em termos de permitido/proibido. Jesus encarna uma maneira de
viver na liberdade, que é concretamente
uma prática libertadora, isto é, uma prática da relação com o outro
que procura sempre libertá-lo das suas alienações. A liberdade de Cristo de se
aproximar de qualquer homem reconhecendo-o por aquilo que ele é realmente, ou
seja, um filho de Deus ferido, chamado ao festim do Reino, tem como
consequência libertar o homem do seu próprio enclausuramento, seja devido ao
olhar dos outros, seja devido à sua própria culpabilidade. A liberdade de
Cristo é libertadora porque permite ao homem aperceber-se da sua verdade
última, a de ser habitado pelo amor criador de Deus. As curas efectuadas por
Cristo são o sinal dessa recriação que se opera no homem quando ele consente em
ser amado.
Se a liberdade é isso, ela tem um duplo
significado para a relação conjugal. É, antes de mais, libertação do seu
próprio medo perante o outro. Podemos interrogar-nos, a propósito, se falar da
liberdade como a liberdade sexual de se escolher outros parceiros além do
cônjuge não exprime muitas vezes o medo real de uma relação verdadeiramente
profunda, que implique um descentramento de si e um lúcido conhecimento da
ambiguidade que habita em nós. Ora, não existe verdadeira relação, para lá duma
partilha momentânea, a não ser onde estejam apaziguados os medos, ao mesmo
tempo que só uma verdadeira e paciente relação permite tal apaziguamento.
Mas, acima de tudo, a liberdade de
que o Evangelho fala é a que permite a libertação no outro de tudo aquilo de
que ele é portador. Por isso, o casal autêntico insere-se forçosamente no tempo
e no espaço, um tempo e um espaço constituídos por tudo o que eles se
permitiram descobrir mutuamente em cada um. O casal é, neste caso, se me atrevo a
dizê-lo, o espaço dum exercício prático de libertação, no sentido em que cada
um permite ao outro existir na sua verdade ao mesmo tempo singular e conjunta,
exprimindo em termos de vida diária as suas próprias riquezas. Quer dizer que a
liberdade, antes de mais, é uma escuta paciente e confiante fundamental: o
mistério do outro encontra em Deus a sua profundidade última e é, por isso,
irredutível (o que me impede para sempre de tentar objectivá-lo), mas é todavia
necessário que se exprima na vida concreta.
Assim, a experiência que o casamento
permite a cada um dos cônjuges fazer é a de uma liberdade descoberta graças à
confiança libertadora do outro. De novo, a sexualidade pode exprimir esta
confiança, que liberta o outro dos seus receios e angústias, para lhe permitir
que manifeste pelo seu próprio corpo a alegria e a ternura, o prazer e o
divertimento. E provavelmente não será de mais uma vida inteira para explorar
este caminho de liberdade! A liberdade significa o verdadeiro reconhecimento do
outro, não num sentido estático, tal como é, mas num sentido dinâmico, ou seja,
tal como é chamado a tornar-se pela expressão progressiva de todas as suas
riquezas potenciais. A liberdade é, pois, inseparável de uma esperança para o
outro e de um projecto comum. Compreende-se que a liberdade assim
definida seja totalmente incompatível com a liberdade que, alinhando com as
exigências do desejo, acaba por considerar que o único sentido do outro é o de
fazer o papel de incentivador da minha própria afirmação ou de estimulante do
meu prazer. O desafio ético da sexualidade está assim definido: ou exprime e
permite a redução do outro à sua função sexual (seja pelo prazer ou pela
procriação, nesta perspectiva tanto faz!), significando uma vontade de poder
fazer do outro uma coisa, ou abre lugar à linguagem do deslumbramento perante o
que no outro continua a ser mistério irredutível, facto então que o jogo
erótico não deixará de aprofundar e celebrar.
Eis porque, numa perspectiva cristã, se pode falar com toda a
razão de ascese da vida conjugal. Não no sentido duma
limitação voluntária da vida sexual, que em si mesmo seria meritória, mas no
sentido de uma atenção paciente e recíproca dos cônjuges ao que os habita, uma
recusa de reduzir à aparência a profundidade das suas existências. É assim que
a vida conjugal se torna em aprendizagem de um novo modo de olhar a realidade,
a qual sabemos habitada por uma presença. É construir um mundo onde comer se
torna comungar e fazer amor se torna celebração das maravilhas do amor de Deus;
onde o dom do corpo significa o dom da sua fragilidade oferecida, o risco de
dar uma vida inteira; onde o próprio corpo se torna o sinal do que o habita e o meio de o
dizer a um outro e de o celebrar com ele. Assim, o corpo, em que o outro se dá
tal como é, ou seja, infinitamente mais do que este mesmo corpo, torna-se, no amor,
o próprio lugar da mais espiritual, da mais despojada, da mais «casta»
apreensão da presença do outro. Esta simbologia do corpo é experimentada no
momento em que, entregando-se a si mesmos, um ao outro, como pessoa/corpo no
despojamento que a nudez significa e na ausência final de qualquer pretensão, o
homem e a mulher dão-se vida, irradiam um e outro uma vida que é muito mais que
qualquer um deles.
Podemos dizer que o empenhamento do
casal é, neste caso, permitir que o amor organize toda a existência como
símbolo em volta desta relação entre o carnal e o espiritual e onde todas as
coisas, até as mais materialmente concretas, se destinam a significar o dom,
mas também onde
reciprocamente o espiritual e o carnal jamais se separam.
Há nesta compreensão da existência
conjugal uma polémica implícita contra qualquer redução do outro ao seu corpo,
da realidade às coisas que a constituem, do amor ao prazer. Aceitar a
descoberta desta simbologia profunda da vida é pôr em causa a ideologia
dominante da nossa sociedade ocidental, a tríplice ideologia da força
possessiva, da violência
material e da objectivação
mercantil.
Como vemos, a ascese de que estamos
a falar não é de modo nenhum uma impotência de viver ou medo do desejo. É o
reconhecimento da profundidade última dos seres, da sua irredutibilidade ao que
se pode dizer. É, pois, uma
persistência do real, uma aceitação do que o outro é realmente, no
despojamento das aparências, dos fingimentos, das idolatrias. Persistir
significa deixar que o tempo revele pouco a pouco a verdade do desejo que em
nós habita, pelo qual uma verdade mais profunda é dita no vazio de cada dia. Há
impaciências que se mostram como gritos de liberdade, quando não passam de
gritos de angústia perante a necessidade de tomar o luto da omnipotência e do
imediatismo.
(…)
Erich Fuchs
Padre e teólogo
nascido em 1932. Foi Professor de Ética Cristã na Universidade de Lausane e de
Genève, vice-presidente da Associação Ecuménica Francófona dos Teólogos para o
Estudo da Moral (ATEM), membro do comité de redacção da revista de ética e de
teologia moral Le Supplément; dirigiu
a colecção «Champ Éthique» da Editorial Labor
et Fides (Suíça).
[1]
Segundo a expressão da maior parte das liturgias matrimoniais.
[2] Bernard Besret, «De commencement en commencement»,
Paris, 1976, p. 159.
[3]
A isto se chama: «entregar todas as armas ao outro…» e ficar desarmado, nu!
[NdE]
[4]
Esta simbologia do dom e da permuta será precisamente o espaço em que o filho
fisicamente nascido encontrará a razão de se afirmar como pessoa própria. O
filho é, assim, o sinal – na sua própria alteridade – da realidade particular
do casal.
[5]
Eis a imagem do compromisso sem recuo que Deus toma em Jesus Cristo em relação
aos homens, significado igualmente pelo amor de Cristo à Igreja.