teologia para leigos

7 de julho de 2013

O EVANGELHO, APENAS O EVANGELHO [PAPA FRANCISCO]

Enquanto o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, faz orelhas moucas ao Evangelho [Lucas 10] e se refugia na ambiguidade  [cf. Homilia nos Jerónimos, 07:VII:2013; cf. SNPC], o Papa Francisco assume-se.

FRANCISCO DE ASSIS PARA O SÉC. XXI

 
Papa Francisco, aquando do Lava-pés_Páscoa 2013


Francisco, em Santa Marta, gere a sua agenda sozinho.

É ele quem decide quais os chefes de Estado que irá ver. Os únicos permitidos nos seus aposentos são três sacerdotes: Pe. Alfred Xuereb, Pe. Fabian Pedacchio Leaniz e o Mons. Assunto Scotti. Os dois primeiros ajudam-no na secretaria particular. O terceiro, nas missas da manhã.

O papa decide autonomamente também aqueles que ele não vai receber.

Entre estes, o arcebispo Adriano Bernardini, embaixador Vaticano na Argentina de 2003 a 2011. Próximo de Sodano, quando era embaixador, Bernardini apresentava, em Roma, as propostas de nomes para as nomeações episcopais sem quase nunca considerar os candidatos sugeridos por Bergoglio. Entre os dois, em suma, uma certa distância, também de estilo: é espartano o quarto na parte superior do seminário diocesano em que o futuro papa habitava; mais luxuosa, a nunciatura de Bernardini.

Várias vezes Francisco trovejou contra o carreirismo que se aninha nas dobras do episcopado. Para os bispos italianos reunidos, há um mês e meio, na Basílica Vaticana, ele proferiu palavras de fogo. Pediu-lhes que se dispam das vestes de príncipes da Igreja e vão ao encontro das pessoas. O cardeal Angelo Bagnasco obteve, pouco depois da eleição de Bergoglio, a reconfirmação em seu cargo na Conferência Episcopal Italiana (CEI) até o fim do mandato (2017).

Mas os pactos são claros: muita coisa deve mudar na Igreja italiana. A CEI deve ocupar-se do povo de Deus. Não de outra coisa. Certamente, cabe a ela manter as relações com o mundo da política, mas sem buscar favores ou orgulhar-se de influências. E principalmente sem dirigir, a partir dos bastidores, os destinos dos vários governos do país.

É uma Igreja-minoria que o papa quer, apontando para o anúncio do Evangelho (querigma), mais do que o ensinamento de princípios. Não foi por acaso, que, nesses primeiros meses, ele nunca usou a frase "princípios inegociáveis", que muitas vezes aparecia nos discursos do seu antecessor. E também nunca se deteve nos campos minados que vêem a Igreja contraposta à cultura dominante.

Aborto, eutanásia, casamento homossexual são palavras que a sua pregação até hoje evitou pronunciar.

FONTE:





Papa Francisco



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