A Família
[…] «Ninguém ignorava a procedência
de Jesus: era de Nazaré da Galileia, filho de uma família modesta, comum, sem
nada que a destacasse das outras. Era como se disséssemos ser filho de um
humilde artesão de Catolé da Rocha ou de São José do Egito, lá no fundo do
sertão. A ausência total de mistério quanto à origem não chamava a atenção do
povo: «Quanto a este sabemos donde vem, enquanto o Cristo, quando vier, ninguém
saberá de onde vem» (Jo 7,27). Se ele era descendente de David (de acordo com
as genealogias que muito mais tarde os evangelistas acrescentaram à narrativa
dos seus actos), se no tempo em que nasceu houve acontecimentos extraordinários,
etc. nada disso era do conhecimento do povo. Aos olhos de todos, nada havia
nele que parecesse notável ou digno de atenção nesse filho de família pobre do
interior.
«Durante trinta anos, Jesus
confundiu-se de tal maneira com essa família humilde, com esse contexto
insignificante da Nazaré, pareceu tão semelhante aos seus parentes, destacou-se
tão pouco no meio dos seus concidadãos que foi uma surpresa total quando um dia
ele se separou deles e começou uma carreira que os espantou. Diziam os de
Nazaré: «Não é esse o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José,
de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão elas aqui, entre nós?» «E
ficavam chocados com ele» (Mc 6,3). A incompreensão foi tal que um dia eles o
expulsaram da sinagoga de Nazaré (Lc 4,28ss). Vendo a agitação que Jesus
provocava no povo e o sucesso que fazia, os seus familiares ficaram com
vergonha diante do povo da cidade – ou com medo. Quando voltou a casa, afluiu
de novo a multidão, de modo que nem puderam comer. E, os seus, quando ouviram
isto, foram ter com ele para o dominar, pois diziam: «Perdeu o juízo» (Mc
3,20-21). Mais
tarde, porém, vendo que o êxito perdurava, começaram a perceber o proveito que
poderiam tirar da fama de um parente que tanto prestigiava a família.
Diziam-lhe: «Sai daqui e vai para a Judeia, para que vejam também os teus
discípulos as obras que fazes; pois ninguém, se pretende colocar-se em
evidência, age em segredo. Já que fazes tais coisas, mostra-te ao mundo» (Jo 7,3-4).
Os seus familiares falavam como os parentes de um jovem vereador que teve êxito
na sua cidadezinha do sertão, convencidos que já está na hora de se projectar
na capital, se quiser candidatar-se a deputado.
[…]
Em Espírito e Verdade
[até aqui] «Ainda não encontramos na vida de
Jesus a presença de Deus. Porque demoramos tanto? A razão é que na realidade a
missão de Jesus gira em torno de duas preocupações ou, se quiser, de dois eixos
principais: a mensagem de libertação e a mensagem de fraternidade a fim de
refazer a Aliança de Israel, a verdadeira e eterna aliança. Nas memórias
evangélicas, Deus permanece muito discreto: não ocupa quase nenhum lugar. Essa
constatação, se proferida há bastantes anos atrás, teria provocado estranheza
em leitores mais antigos. Na verdade, estes, projetando nos Evangelhos a sua
intensa preocupação religiosa e cultural, nem seriam capazes de entender tal
facto desconcertante: Jesus não pratica nenhum acto religioso, nem
parece preocupar-se lá muito com a prática religiosa dos seus discípulos. Não
somente não toma parte no culto do seu povo, como não funda nenhum culto novo.
Há, nos Evangelhos, a esse respeito, um silêncio muito significativo. Qual é,
então, o lugar que Deus ocupa na vida e na mente de Jesus?
«Em primeiro lugar, dissemos que ele
não pratica os actos religiosos do seu povo: parece ser alguém que se emancipou
e que quer emancipar os discípulos. Referindo-se ao Templo de Jerusalém, em
nenhuma circunstância os evangelistas nos mostram Jesus exercendo um acto de
culto: quando ele vai ao Templo, vai para tomar a palavra [pregar a Boa Nova] ou para expulsar os vendedores – não vai para
oferecer sacrifícios, participar das cerimónias sagradas ou recitar orações.
Usa o Templo como tribuna ou teatro das suas atividades num sentido totalmente
secularizado: o Templo é um lugar em que se encontram muitas pessoas reunidas.
Para Jesus, o Templo até pode ser destruído (Mc 13,2): o Templo já não cumpre
nenhum papel na Aliança Verdadeira. Já «vem a hora em que nem neste monte nem
em Jerusalém adorareis o Pai… vem a hora, e já é chegada, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em Espírito e em verdade. E são esses os adoradores que o Pai
deseja» (Jo 4,21-23).
«Com isso, Jesus não quis dizer que doravante
se poderiam edificar templos em qualquer lugar. Ele quer dizer que, doravante,
o verdadeiro culto de Deus não consistiria em construir templos e exercer neles
o culto. Consistiria, pelo contrário, em agir sob a moção do Espírito, fazendo a Verdade.
«Jesus não oferece sacrifícios, nem
incita os discípulos a manifestar nem que seja um pouco de piedade. Não os leva
a tomar parte nas liturgias do Templo. Não frequenta regularmente a Sinagoga. É
verdade que ele esteve nas sinagogas várias vezes, porém, as memórias
evangélicas mostram que Jesus foi à sinagoga para se revelar a si mesmo e não por
devoção ou necessidade de culto. Nesse sentido, nem Jesus nem os apóstolos são muito
religiosos.
«Atacando os fariseus, Jesus não poupa
nem sequer a piedade deles. «Quando orardes, não
sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e
nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já
receberam a sua recompensa.» (Mt 6,5) «Simulam longas orações» (Mc
12,40).
«É verdade que Jesus
esteve algumas vezes em Jerusalém para participar das festas. Contudo, não o
vemos exercer nenhum acto de culto. Quando o grupo se aproxima de Jerusalém, no
fim da missão de Jesus, para a última ascensão à capital, são os
apóstolos que perguntam: «Onde queres que
vamos preparar a Ceia pascal?» (Mc 14.12). Jesus responde a uma preocupação
deles. A festa dos judeus fornece a Jesus uma ocasião de se encontrar com a
multidão: não desperta nele ardores religiosos.
«Mais surpreendente ainda é o facto de Jesus
não ter fundado nenhum culto novo. Não organiza uma nova maneira de adorar a Deus,
de lhe prestar homenagem e de lhe apresentar dons e súplicas. Institui a Ceia,
porém é
difícil reconhecer na Ceia um acto de culto. Essa transformação [de ceia em acto de culto] não foi feita
por Jesus, e não há nenhum sinal de que ele tenha pensado nessa possibilidade. A Eucaristia virou
Missa dentro de um contexto de civilização do mundo mediterrânico, como
adaptação cultural. Na instituição
da Ceia não há nenhum acto dirigido a Deus. Por outro lado, não contém nenhuma liturgia nova.
«Jesus ora, contudo, sem cerimónia. Para orar, Jesus
isola-se. Não fornece aos discípulos nenhum modelo de como fazer
essa oração. «De madrugada, muito antes de o raiar do dia, levantou-se, partiu
para um lugar deserto e ali ficou a orar» (Mc 1,35). Em outra circunstância,
Jesus despediu a multidão e «foi ao monte orar» (Mc 6,46). O que é que ele fez
aí? Não o sabemos. Quando os apóstolos se preocupam com o tema da oração apelam
para o exemplo de João Baptista. Eles devem ter tido a impressão de que Jesus
não se interessa por esse assunto. Disse-lhe um dos discípulos: «Senhor,
ensina-nos a orar, como João ensinou os seus discípulos» (Lc 2,1). O
interessante é que foi necessário um pedido explícito dos discípulos que
estranhavam a sua conduta, para que Jesus pensasse em entregar o formulário
que, desde então, se tornou a fórmula clássica por excelência da oração cristã.
«Em
matéria de oração, Jesus é e quer ser discreto, muito discreto.
Não somente se esquece de falar disso aos seus discípulos, mas, quando fala, insiste sobretudo nos aspectos negativos da oração.
«Ao rezardes não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos: acham que à
força de muitas palavras é que são atendidos. Não sejais semelhantes a eles»
(Mt 6,7-8). «Quando rezares, entra no quarto mais secreto, fecha a porta e reza
a teu pai, que está presente num lugar oculto; e teu Pai, que enxerga no
escondido, dar-te-á a recompensa» (Mt 6,6). Para Jesus, a ideia de
"oração" vai acompanhada da ideia de "lugar oculto". Discrição no modo de fazer, na
quantidade, no lugar. Tudo sucede como se Jesus quisesse fazer da Oração
um exercício totalmente espontâneo e pessoal, sem condicionamentos sociais, sem
constrangimento. Uma
oração assim fica totalmente desprovida de aparato, de cerimonial, de
exterioridade. Quase que não é culto, antes uma
conversa familiar.
«Os Evangelhos não descrevem nenhuma manifestação mística
na vida de Jesus. Isso quer dizer que os apóstolos não
assistiram a experiências religiosas e que, até Jesus, não achou conveniente ou
útil, sequer, relatar tais experiências, isto no caso de elas terem de facto
acontecido. Dessa maneira, Jesus é bem diferente dos místicos cristãos
que sobre ele se apoiaram e O invocaram. Além disso, Jesus não oferece nenhum
caminho de ascensão mística nem receitas ascéticas para facilitar a vida
mística. Os Evangelhos não nos mostram um Jesus «religioso», mas sim um Jesus
livre de ritos, de cerimónias, formulários ou horários marcados. Isso não quer dizer
que os cristãos não possam recorrer a tais coisas. Simplesmente, não podem é
invocar o exemplo de Jesus.
«O único fenómeno religioso a que
assistimos é o da Transfiguração.
Mesmo assim não foi propriamente um fenómeno religioso no sentido cultual: não
houve culto nem louvores. Na Transfiguração não aparece Jesus em estado de Oração
ou em êxtase. Os discípulos não recebem instruções quanto ao modo de tratar
Deus nessa circunstância.
«As orações de Jesus, que os Evangelhos
referem, são as da Paixão. No Jardim
da Agonia, Jesus ora. «Chegaram, então, a uma propriedade designada
Getsémani, e Jesus disse aos discípulos: "Sentai-vos aqui, enquanto vou rezar".
Tomou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia. E
disse-lhes: "Minha alma está a morrer de tristeza; ficai aqui e vigiai".
Adiantando-se um pouco, caiu por terra e orou
para que, se possível, passasse dele aquela hora. E dizia:
"Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça
o que Eu quero, e sim o que Tu queres."». (Mc 14,32-36) Nesta
Oração, nenhum elemento de experiência religiosa, nenhum sentimento da presença
do Pai: é a Oração do Silêncio de Deus!
O leitor aguarda, espera, mas não chega nenhuma resposta da parte de Deus: não
vem resposta. Mais tarde, na Cruz, Jesus pronuncia as suas palavras de solidão
e de abandono: «Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?» (Mc 15,34). Não há
oração mais despojada de qualquer experiência mística (os místicos dirão que não há oração mais verdadeiramente mística)
«Essas constatações negativas são muito
significativas da «religião» instituída por Jesus. A Igreja, posteriormente,
acrescentou-lhe uma Liturgia abundante. Contudo, essa Liturgia não está nas
origens. Essa Liturgia não tem valor que se compare ao valor que a própria vida
de Jesus tem. Ora, tudo leva a crer que o relacionamento
de Jesus com o Pai é excepcionalmente livre de qualquer aparelho litúrgico ou
cultual. O único culto que o Pai parece desejar é a própria
missão de Jesus, as suas caminhadas, as viagens, as curas de enfermos, a instrução
dada às multidões ou aos discípulos, aquilo que S. Pedro chamará "culto realizado em Espírito" (Rm 12,1).
O Nome
«Onde é que se situam, então, as
relações entre Jesus e Deus? É o que precisamos de indagar de imediato. Primeiro,
qual é o nome que Jesus usa para se referir a Deus? Jesus não propõe nenhum
nome novo. Os nomes divinos que Jesus usa vêm da Bíblia. No entanto, os
Evangelhos sinópticos praticam uma selecção significa entre todos os nomes
divinos. E não se duvida que a selecção feita tenha sido feita por Jesus e
imitada pelos primeiros cristãos.
«A tradição evangélica não evita o nome
de Deus
(o theos
grego que traduz o nome hebraico), como fazem os judeus piedosos do seu tempo.
A tradição evangélica, portanto, não pratica o maneirismo piedoso e refinado
dos fariseus. O único caso
em que se substitui o nome de Deus por outro, (por motivos religiosos) é a
expressão mateana "Reino dos Céus". (Mt 3,1; 5,3; 7,21).
Entretanto, o mais provável era Jesus dizer «Reino de Deus», de acordo com a
tradição de Marcos. O nome «o Altíssimo»
era excepcional, apesar de ser o mais comum entre os judeus. O nome «Rei» somente surge uma vez (Mt 5,35), num
texto que parece referir-se a uma citação. Também o nome «Senhor»
somente se encontra em contexto de citações, apesar de ser habitual entre os
judeus, ou, então, em textos muito solenes. Visivelmente, esses não foram os nomes
usados pelos primeiros cristãos. Jesus falava de outra maneira. O
nome de Deus mais usado por Jesus é Pai.
Essa apelação não era nova: já existia no Antigo Testamento e era bem conhecida
na época de Jesus. Portanto, Jesus não a inventou, mas a insistência nesse título
é que constituiu um facto novo.
«No modo de falar de Jesus, o nome
«PAI» torna-se o nome próprio de Deus, tão próprio que lhe fica reservado. Na
mente de Jesus, o nome «PAI» é reservado de tal modo que ninguém tem o direito
de o usar. «E, na terra, a ninguém chameis
‘Pai’, porque um só é o vosso ‘Pai’: aquele que está no Céu.» (Mt 23,9). Além
disso, o vocativo «PAI», Abbá-Pai, usado por Jesus, é fenómeno novo. Os
judeus não se dirigiam a Deus dessa maneira.
Há nessa expressão um tom de familiaridade totalmente novo: uma ausência
total de cerimónia. Por isso, não é possível que esse tratamento,
tão sem constrangimento, tenha sido inventado pelos cristãos. Só Jesus poderia
ter lançado um estilo tão novo.
«Os Evangelhos conhecem vários modos de
usar o título "PAI": «o Pai», «meu Pai», «vosso Pai». Certos textos
foram composição
da tradição, por exemplo: a Oração de Jesus no jardim de Getsémani.
Se os discípulos dormiam, não podiam ter ouvido a oração de Jesus. Contudo, não
é possível que tenham inventado o título "Pai", se não tivessem
guardado a memória do modo habitual de Jesus tratar Deus. A
inspiração e a criação são de Jesus.
«Deus é Pai para Jesus e Pai para os
discípulos e para os homens em geral. Há dois relacionamentos diferentes: os textos
deixam claro que Deus não é pai da mesma maneira em ambos os casos. Contudo, o
facto de que o mesmo tratamento seja atribuído a ambos mostra que há contacto
entre as duas paternidades. A paternidade de Deus para com Jesus determina a
paternidade de Deus para com os homens em geral. Também a atitude filial dos
homens em geral deriva da atitude de Jesus.
Conhecer o Pai
«Jesus fala do Pai com muita
simplicidade e familiaridade. Permite-o aos homens e sugere-lhes um
comportamento semelhante. Todavia, não dá muitas explicações sobre o Pai. Ele
não deu aos discípulos nenhuma doutrina sobre Deus, como Ele é, quais são os
atributos d’Ele, e assim por diante. Os Evangelhos não expõem a essência de
Deus. Ficam muito aquém dos filósofos e das religiões pagãs. O que interessa
a Jesus, na sua pregação, não é falar de Deus, mas sim falar dos
homens e do porvir dos homens. O Pai está sempre presente, mas sempre de forma
discreta. O Pai fica oculto.
«Não é por acaso, ou fortuitamente, que
as tradições evangélicas não contêm uma revelação a respeito de Deus: o silêncio é
sistemático. Jesus leva o rigor da teologia hebraica ao extremo:
Deus fica de tal maneira acima das criaturas que, embora presente em todas as
partes, o seu segredo permanece totalmente inviolável. «Jamais
alguém viu Deus» (Jo 1,18). É loucura, presunção, irreligiosidade
procurar perceber algo de Deus.
«Mais tarde, S. João reflectirá sobre
essa inviolabilidade de Deus, conjuntamente com o facto que foi a vida de
Jesus. Deus permanece inacessível, tanto depois como antes, inconhecível. Porém, Ele
dá-se a conhecer – melhor dito – dá sinal da Sua presença em acontecimentos que ocorrem no
meio dos homens. O acontecimento significativo por excelência
foi justamente a passagem de Jesus de Nazaré pelos sítios e pelos caminhos da
Palestina. Quem vê e contempla com atenção esse Jesus de Nazaré entenderá tudo
o que se pode entender acerca de Deus neste mundo. «O Filho único, que está no
seio do Pai, ele o deu a conhecer» (Jo 1,18). Disse Filipe:
«"Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta". "Há tantos anos
que convivo convosco – disse-lhe Jesus – e ainda não me conheceis, Filipe? Quem
me viu, viu o Pai. Como podes dizer «Mostra-nos
o Pai?» Não crês que eu estou no Pai e o Pai em mim?"» (Jo 14,8-10).
«Que esta resposta não nos engane:
Jesus não quer dizer que Ele tem aspecto de Deus, que há uma evidente aparência
divina n’Ele. N’Ele, a divindade mostra a Sua presença sob a forma de sinais
humanos.
«Não há nada, na aparência de Jesus, que
não seja puramente humano.
«Em Jesus, Deus não se tornou visível,
mas mostrou-nos o único caminho que nos leva seguramente a Deus. A mensagem de
Jesus consiste em afirmar que não vale a pena tentar conhecer Deus em si mesmo,
directamente. A única maneira de saber algo a respeito de Deus é situar-se na
linha de Jesus, pôr-se em relação com Jesus. Quem entra no caminho dos
discípulos aprende a conhecê-lo, pois um determinado modo de ser homem e de viver como homem
constitui o
acesso autêntico a Deus.
«Portanto, se quisermos conhecer Deus
precisamos de ver como Jesus se relaciona com o Pai e entrar no mesmo processo
de relacionamento, já que é Jesus quem mostra o caminho. (…)»
José Comblin, padre e teólogo.
Belga de nascimento (1923-2011), trabalhou na
América Latina a partir de 1958 como teólogo (Brasil, Chile, Equador), vivendo
em comunidades pobres, que o inspiraram a criar um método teológico-catequético
que ficou conhecido por "teologia da enxada".
«Jesus de Nazaré – meditações sobre
a vida e a acção humana de Jesus», VOZES, Petrópolis-RJ, Brasil, 1976, 4ª edição.
«José Comblin e a Igreja dos Pobres»
NOTA BIOGRÁFICA
[NdE] Sobre esta questão, cf. a conferência de JOSÉ ARREGI
«O
Deus de Jesus, mais além, para lá da sua imagem de Deus» (
Igreja em Diálogo 2013,
«Deus Ainda Tem
Futuro?», Ed. Gradiva, Seminário da Boa-Nova, Valadares), onde
comentou as conclusões de
J. Jeremias exaradas
em «Abbá.
El mensaje central del Nuevo Testamento» (Sígueme, Salamanca
19934, pp. 18-89; edição de 20056, pp.19-73) confrontando-as
– e superando-as – com base noutras conclusões de outros autores, p. ex.:
Theissen, G. – Merz, A., «El Jesús histórico»,
Sígueme, Salamanca 1999, p. 557; Perrot, Ch., «Jésus, Christ et Seigneur des premiers
chrétiens», Desclée de Brouwer, Paris 1997, pp. 229-230.
[NdE]: Consultados em 08 de Outubro de 2015: