teologia para leigos

19 de setembro de 2020

EUTANÁSIA 11

 VIDA & MAIS VIDA PARA ALÉM DESTA VIDA: A CONSTRUÇÃO DUM AMOR EM DOAÇÃO DIVERSAMENTE “COMSENTIDO”! SIM, HÁ UM MISTÉRIO FECUNDO QUE DOA SENTIDO. EU CREIO NESSE IMENSO MISTÉRIO FECUNDO, NA ETERNIDADE DO AMOR DE DEUS… «Eternamente filhos no Filho…».

 


 

Ao fim de 55 anos de «vida paraplégica» nesta Terra, sobretudo para todos nós que tacteamos o corrimão desse “tempo que se reclina” ficam estes quase 30 minutos de elevada maturidade humana e profética ousadia moral por parte do senhor Luís Miguel Marques, 63 anos, portador de Poliomielite desde os 8 anos de idade (já existindo, à época em Angola ‒, vacina e vacinação).

Uma Comunidade humana pressupõe a construção de um “sentido consentido”. É sobretudo a isso que assistimos, neste «ATÉ AO FIM…». Haverá algo que lhe seja humanamente mais divino?

 

(Programa «Até ao Fim…», da RTP-3, com a jornalista Paula Rebelo, Série «Linha da Frente», emitido a 18-09-2020, RTP Play).

 https://www.rtp.pt/play/p6595/e493881/linha-da-frente

 

Paulo Bateira\

 

 

 

 


1 de setembro de 2020

EUTANÁSIA 10


  

MORRER DE FOME E DE SEDE?

Alimentação e hidratação no fim da vida

 

 

A questão da alimentação e da hidratação durante a última fase da vida constitui um tema carregado de conteúdo emocional. A razão para tal tem a ver com o facto de uma das primeiras necessidades da pessoa se centrar na satisfação da fome e da sede, e, por isso, a alimentação ser o arquétipo central da existência humana.

Os conceitos «passar fome» e «passar sede» surgem como fantasmas constantes que assustam e com frequência impedem uma discussão séria acerca da alimentação e da hidratação durante a fase terminal. Por isso, a Bundesärztekammer (equivalente, na Alemanha, à Ordem dos Médicos) estabeleceu uma norma (em 2004 e ratificada em 2011) para o acompanhamento médico na hora da morte:

«a ajuda consiste em cuidados de medicina paliativa e, portanto, em assistência e preocupação pela atenção básica. Neste âmbito não está incluído o fornecimento de alimentos e líquidos, os quais poderão constituir uma carga muito pesada para um moribundo. Ainda assim, a fome e a sede devem ser saciadas no que diz respeito à sua experiência subjectiva».

 

Falta de alimentação e de líquidos em pessoas sadias e moribundas

A ideia que fazemos da morte por falta de alimentos e bebidas está, frequentemente, marcada pelas fotografias de desnutrição e por informações sanitárias repulsivas que recebemos das regiões mais subdesenvolvidas do mundo. As consequências da falta de alimentação e hidratação em pessoas sãs estão resumidas na Tabela 1.

Este resumo angustiante não tem importância alguma aquando do final da vida. Nesta fase terminal da vida, coloca-se mais uma outra questão, que é a seguinte: será verdade que os moribundos passam pela sensação dolorosa da fome e da sede, sempre que não se lhes dá alimentos nem líquidos? E para evitar que tal sofrimento ocorra, devemos administrar-lhes, artificialmente, alimentos e líquidos, durante a fase terminal?

(…)

 

TEXTO INTEGRAL AQUI